
Todo o processo de evolução e toda ação que venha a tratar um problema observado é de suma importância na história de evolução da humanidade. Foi assim com o uso da eletricidade que substitui muito bem o uso das lamparinas, foi assim com o mail que vem substituindo os telefonemas e fax e assim por diante. Essa idéia vai de encontro com o que chama-se de evolução. É nesse ponto que acredito que um processo está necessitando experimentar uma certa dose de evolução que é o processo de reciclagem. Reciclar é raproveitar, dar nova vida ou reutilizar algo que um dia já supriu alguma necessidade humana. Aliás necessidade essa que é ilimitada e que por sí só já mostra a importancia do termo reciclar. Pois é, mas esse mesmo processo de reciclar, que começou a cair no dia a dia das pessoas no início da década de 90, está necessitando passar ele por um processo de reciclagem, pois a meu ver está um pouco desgastado e o que é pior, está escondendo ou camuflando algo ainda pior que é o consumo desenfreado das pessoas. Desejo, compro, consumo, descarto, reciclo. E inicia-se tudo novamente: Desejo, compro.......até quando???
O mais engraçado é que empresas estão agora com essa mania de disseminar a idéia de que "comprando esse produto, vc está contribuindo para o plantio de árvores". Esses dias vi até uma multinacional de combustíveis com esse papo. Oras, díficil acreditar e díficil entender como isso resolverá o problema do meio ambiente. O que é preciso mesmo é a mudança urgente no padrão de consumo. É ensinar uma criança que ela deve ter aquilo que precisa.....não há a necessidade de trocar de celular a cada Natal ou a cada dia dos namorados. Esse é um dos fatores que acredito imprescidível para o sucesso ambiental.
Um outro fator, que é o responsável pelo títilo desses texto, é a necessidade em se modificar o conceito de desenvolvimento sustentável que envolve a reciclagem. Gunter Pauli, economista Belga é criador da Teoria Zeri (Zero emissions Research & Initiatives) que prega uma coisa simples, mas até pouco tempo impensada que é "o de que todo e qualquer resíduo de um processo deverá constituir-se em insumo de um outro processo, num encadeamento capaz de agregar valor em todas etapas e trocas". Trocando em miúdos, basicamente é o que acontece na Natureza! Simples, precisamos concentrar os esforços em criar processos em que um resíduos de um processo seja utilizado como insumo em outro, resultando assim em um nível zero de resíduos. Infelizmente o que se vê é quase que o oposto, ou seja, é um festival de se criar objetos com lixo que não servem para nada. É vaso de pneu, vaso de garrafa pet, porta caneta, porta retrato e pinduricalhos que não acabam mais. Uma mudança na forma de como se vê o processo de formação de resíduos seria importante quando se incluísse o resíduo no prejuízo de uma empresa.Quanto mais resíduo, mais negativamente é o seu lucro. Isso faria com que a preocupação com resíduos fosse maior e que ainda esse resíduo pudesse aumentar o nível de lucratividade das empresas e incluir um número maior de pessoas no mercado de trabalho. Resumindo, hoje se colhe papelão, se colhe latinha, se colhe plástico, se colhe todo material e se revende, mas quase nunca a preocupação em como se produzir e consumir menos desses materiais ou ainda como criar um processo onde ele possa ser consumindo inteiramente está na pauta de empresários e detentores dos fatores de produção. Essa, aliada a outra formas de consumo consciente agiriam positivamente e tratariam o problema de uma forma muito mais embasada e melhor estruturada.
Definitivamente o que estamos precisando é reciclar a reciclagem!
Nenhum comentário:
Postar um comentário